sábado, 31 de março de 2012

No fim da tarde

Eu estou mais uma vez sem saber se escrevo por mim ou por você, se o que me inspira é a parte que deixo de lado, ou a nova vida que deixo meu corpo inteder como amor.Quando te amo, me entrego, recolho minhas asas, já não sei quem me comanda.Me vejo em um quarto branco e claro, as cartas estão todas na mesa mas a vontade de escolher se esconde longe do meu alcance.Vejo casas com grades, varandas com telas protetoras, estao sempre procurando seguranca, mau sabem que isso é um estado de espírito.Uma varanda não tem utilidade se você não pode debrucar nela.Meu amor, eu estou escrevendo mais por desabafo do que pela poesia, ela não se mostra pra mim a tanto tempo.Permaneco com essas palavras frias e sem conexao, só para não sufocar.
Eu lamento mais não sinto sua falta, a única saudade que sinto é de nos, da união, de dois corpos sedentos de desejos carnais e emocionais.Eu lamento, mas nao és o amor da minha vida, agora é como um sofá confortavél, que me deixa com aquela preguica de fim de tarde, nao quero levantar...adoro a forma como me acomodo em seus bracos, já fiz casa deles, gosto da forma que repouso minha cabeca em seu peito e ouco as batidas lentas e anciosas do seu coracao!
Meu amor, você nao me ama, essa paixao cheia de fogo e lágrimas passa tão rápido quanto veio. Mas e eu? vou continuar me acostumando aos poucos com sua presenca, não quero perde-la.O mês nem comecou e eu ja faco votos de adeus, como quem não tem esperanca quando você susurra "pra sempre" em meu ouvido.O sempre esta muito longe de nos, vamos amar o que esta por perto:
Quando seus labios tocam meu ouvido, eu acho que vou ficar louca.Quando desliza as mãos pelo meu delicado corpo. Quando seus olhos brilham ameacando mais uma rodada de lágrimas, eu acho que vou ficar bebada.Isso é tão forte e embriagante quanto Run em uma manhã quente de verão.Só não me deixe apagar, meu amor, não me deixe dormir.

Leia em voz alta, ouça o que lê, consequentemente, sinta