sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Indefinido

SOlidão, Raiva, Culpa, Dor.Qual delas me define melhor?
Meus pés sem estabilidade, minhas pernas com um temor intenso, nao consigo
respirar, tem algo.Algo que comprime meu peito, algo na minha mente que me assombra, que me faz vagar num caminho imenso e escuro, novamente.
Jurei que não aceitaria isso por nem mais um segundo.
Meu desespero é solitário, faz minha cabeça doer, e o oceano sobre meus olhos almentarem, meu vazio dilatando.
Eu quero gritar, e minha garganta nao acompanha meu grito,não acompanha minha dor, não acompanha meu físico.
Algo em mim morre hoje, e agora só as paredes desse quarto que me enlouquecem a cada
dia, podem ver isso, e o quanto isso corroi minha alma.
Hoje me cansei de ser vilipendiada por mim mesma, por ter o dom de me estragar
e de estraga todos que estão à minha volta, por deixar o mau humor, e o rosto
fechado serem minhas principais caracteristicas.Hoje, infelizmente, redescobri
que isso se chama tristesa, quanto mais triste se é, mais solitario se fica,
consequentemente mais afastaria as pessoas desse veneno,deixo de mim
apenas um lamento, e uma sutil esperança de melhoras..

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Olhos amantes

Olhos amantes
(Maurício Nascimento)

Bati receoso à porta
A espera de um olhar calmo e sincero.
Sabia que ali poderia deixar meu barco,
Derramar meus prantos,
Tirar a máscara sem medo.
Eu sabia, bem no fundo,
Que aquele olhar calmo e sincero me daria abrigo
E diria ao receber-me em seus braços:
Nem tudo está perdido.
Mas não foi como eu sabia,
Queria... Ao menos esperava!
Não foi nada parecido com isto.
Parei o barco, bati à porta e esperei...
Minutos depois aquele olhar sincero me veio assustado:
- Oi... Você aqui? Está tudo bem?
E então, sem que eu dissesse uma única palavra
Meu rio de prantos derramou-se
Sem mesmo perguntar se seria bem vindo.
Foi quando outros olhos me vieram surpresos:
- O que houve?
Os sinceros olhos que eu tanto amava não estavam sós...
E me olhavam com desprezo, com receio de demonstrar afeição.
Nem se quer convidara-me a repousar em seus braços, a ouvir seus conselhos.
Só queria saber dos novos olhos que o acompanhavam pelas noites por trás daquela porta.
Mas como podiam meus olhos amantes entregar-se assim a um par de olhos estranhos?
Não posso compreender até hoje, não consigo aceitar,
Mas meus olhos amantes aviam apenas cansado de me esperar.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Devagar e forte

-Boa noite!
- A noite ainda nem começou.As horas ainda vao se arrastar, pela tempestade dessa
noite.
No canto da sala, a decoração é rustica, e empoeirada.Sente ligeiramente um pouco de pena de si mesmo.
Suas mão seguram forte um pano velho, tentando inultimente estancar um grito, suas
articulações doem..
De relance, seu peito acende em chamas.Devagar e forte, Devagar e forte...duas palavras que nao saem da sua cabeça.
Sua testa, as pontas de seus cabelos estao molhadas de suor.A quanto tempo nao dorme? a quanto tempo nao sente nada, além de uma dor, devagar e forte?
A insanidade te sufoca, te aperta, sua dor te desespera, nao aguenta mais ouvir sua voz, e agora nao sabe se quem o fala é ele mesmo, ou ela.
Exorcisa seus demonios, auto-flagelamento, com cortes profundos na pele, não consegue sentir a dor deles.
-Essa dor! essa dor toma conta do meu ser, não consigo pensar, agir!.
Seus musculos estao todos contraidos, sentido a dor da dor.
Agora é irresistivel a vontade de matar alguém, quem sabe a si mesmo?
Na sala escura se destaca a silhueta do desespero, os movimentos desregulados os gemidos, algo te feri a alma.
- Eu não aguento mais!!
O tempo passa, e esse desespero é acalmado por cansaço,agora se vê com uma dor quieta e intensa, inespresiva, seus olhos se apagaram, sua alma sofre calada
se afoga nela mesma.
Está noite não irá dormir denovo, ficara calado, imovel, sua respiração será baixa
para nao acordar a dor.Vai deixa-la descançar, apenas pra ter o que sentir na
proxima noite, já não sabe quem é sem ela, já se esqueceu de tentar lembrar.

Leia em voz alta, ouça o que lê, consequentemente, sinta